quinta-feira, 19 de junho de 2008

O amor, essa grande ilusão

Interessante notar que a maioria só escreve sobre o amor, é lindo e tudo mais, no entanto se esquecem da outra faceta, aquela perceptível quando não se ama. Esta pode não ser considerada bela, mas é bem engraçada.
Morro de rir com os amantes levando flores e penso no quão ridículo é isso, claro, quando não se ama, pois quando o faz nada importa, tudo é lindo, tudo é lindo...
As mensagens românticas são tão batidas, juras de amor eterno são feitos a cada segundo e as vezes penso que ninguém se lembra que muitos acabam, o tombo dói.
É bom perceber que o amor, por mais que os apaixonados defendam com garras e dentes, é ridículo.
Sei que não devemos enxergar o mundo de forma crua, descrente de tudo e todos, porém é bom refletirmos e desmistificarmos esse sentimento que realmente nos deixa bobos, sem ação, bobos, encantados, deslumbrados com cada baboseira que só amando pra entender...(risos)
Amem!
Aqueles que não amam, riam e assim façam um mundo melhor...hehehe

Anão, Rei Anão...Love is (NOT) in the air

terça-feira, 25 de março de 2008

Moção de repúdio

Que palhaçada!!! Vamos fazer isso aqui valer, vamos fazer isso aqui vender!!! Vamos jogar mais glamour, mais polêmica, mais sensualidade...
Vamos falar sobre a suposta relação de um dos membros desta joça caída aqui com um famoso, pra ver se a gente ergue a lona desse circo disfarçado de calvário pseudo-intelectual universitário, ou então que um deles se matou com a falta de visitas; vamos jogar os holofotes nesse lugar, tirar as teias de aranha, vestir com a moda, passar lápis no olho e fumar dois maços e meio de Camel todo dia.
Hoje em dia é sabido que ninguém quer profundidade, sentimento, inteligência...por mim que fechassem esse blog e fizessem um fotolog, coloquem poses insinuantes, closes ginecológicos e melodias da estação...mostrem que seu conteudo é externo, meus queridos, pois ninguém mais sofre na era do fast food, ninguém mais pensa na era da internet, ninguém mais é eloquente no mundo feliz!!! O dia é hoje, a overdose não deixa vir o amanhã...então não se cuidem, façam suas lipos e morram pelo coma alcoólico.

Thandara, só

sexta-feira, 21 de março de 2008

Sem título

Andar na rua sem rumo não me é algo estranho. Sentir que tudo se esvai assim, como se a cada passo que desse um pouco de mim permacece não é mais uma mera impressão. Agora vejo que é a realidade.
Como posso andar por aí se me sinto como algúem que perde a si mesmo a cada instante? Não suporto a idéia de saber que pressiono meu corpo, minhas células, a cada vez que me sento, que a todo instante tudo dentro de mim trabalha incessantemente e religiosamente, moléculas se arranjam e desarranjam e tudo isso é o que como, o que vejo, o que suporto. Que a invasão é sempre constante em mim, consentida e inconsentida.
Quero minhas pílulas, meus analgésicos que acabam cada vez mais com meu estômago que já sofre, me dê uma picada, minha heroína, minha vida....
Caio de novo, apago por períodos intermináveis, imploro pelo fim para ter de novo o começo. Já não me reconheço, só me vejo escrava de mim e senhora de alguém que me escraviza ainda mais. Não o olho, não lhe dirijo a palavra, sou subordinada à sua figura, ao seu toque, à sua ignorância de me ignorar.
Retoco a maquiagem, redelineio os olhos por cima do borrado, que não retiro, bato nas mechas, num esforço de armá-las, deixar como gosta, mas "ele" nunca falou nelas. Só me fala de coisas que nunca imaginei, mas que para mim não fazem a diferença: meu vestido desabotoado, meu cabelo desbotado, meus dentes amarelados, meu cigarro quase apagado, meu copo quase vazio, a minha má performance quando declamo....e sempre noto seus pequenos gestos displicentemente armados: a mão em mim quando fala, a inclinação, o toque nos momentos que poderia se manter longe, o susto que me dá quando pesa em mim....seu ignorante idiota! Não vê que a cada momento fico pior? Que a cada momento preciso maquiar ainda mais meu rosto e a minha dor? Que meu buraco interno aumenta mais a cada vez que me angustio por pensar em você? Seu tolo, tolo, tolo.....seu cego. E eu sou burra.

Thandara, só.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

The Italian Batman - Across The Universe (opinião)

(Extraído do Cidade das Luzes, de 11/02/08). Algumas coisas foram modificadas.

Não é de hoje que muitos sabem que sou grande fã dos Beatles, e muitas coisas cujo este "santo" nome esteja envolvido me atraem. Vim falar do "Across the universe", que fui ver na quarta..na verdade estou desde o dia enrolando pra falar sobre ele, mas aqui estou.
Bem, história de amor é sempre história de amor, mas queria eu ter uma história de amor com uma trilha tão privilegiada quanto aquela.... de cara imaginei que teria somente eu no cinema, filme em uma sessão única duas e meia da tarde não atrai muito público, pensei eu. Ledo engano, mais de 30 pessoas em uma quarta feira à tarde para ver o filme. No início o mocinho canta "Girl", e meus olhos encheram d'água....ultimamente dei de chorar quando assisto certas coisas, e não foi diferente aí.
No mais, interpretações muito legais, platéia cantando junto baixinho ou cutucando sua cadeira ao som da música, fuga total das letras que todos conhecem da fase mais fofinha dos caras, enfim, referências mil nos nomes dos personagens (todos são retirados das músicas)...valeu a pena a experiência solitária de ir ver um filme como aquele. Recomendo ir só, fiquei sem palavras quando saí. Neste ponto foi bom um imprevisto ter deixado minha amiga em casa...e da chuva ter vindo na hora em que estava dentro do cinema, não tinha guarda chuva.
Porém o que me deixou mais animada foi o sopro de ânimo que senti em ouvir as músicas e querer ter muita vontade de ouvi-las de novo de uma maneira nova, pois andava meio em baixa com os Beatles...porém agora me pego cantarolando baixinho as músicas que gosto muito com o mesmo amor de antes, o mesmo amor que elas inspiram, ou então pensando nelas, como se tocassem em minha cabeça...adoro isso, valeu mais pelas músicas que pela história em si, embora não esperasse mais do que foi mostrado, porém as cenas e as montagens, a fotografia, são extremamente envolventes e encantadoras.
Enfim, um filme para conhecedores, amantes dos Beatles e dos romances e uma boa dica para quem quer conhecer mais os caras de Liverpool. Que venha agora o filme sobre o Keith Moon (outro nome "santo" hehehehe)!!!!

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Liberdades

Vivo condicionado.
Não por inteiro, momentos de mim.
Partes da minha vida são ditadas pelos outros, e não pode deixar de ser.
Há quem diga ser livre, pensa que pode fazer tudo que lhe vier a cabeça.
Contesto. Discordo.
A juventude luta por uma liberdade, há os idealizadores, que lutam para serem livres, que se pensam como seres livres, mesmo debaixo das asas dos pais.
O caro leitor há de concordar que liberdade é um termo muito amplo, para almeja-la e critica-la.
Creio que a liberdade existe. No entanto não em seu sentido geral, amplo, esparso, mas sim liberdade em algo, para fazer alguma coisa. Por exemplo, há pessoas que tem liberdade na área dos relacionamentos, outras já não, tem impedimentos, próprios ou não. "O que vão pensar de mim se me virem com tal pessoa?", nesse caso esse seria um certo impedimento para determinada pessoa.
Passado esse momento chato de explicação, espero que concorde comigo que muitas vezes não podemos realizar o que queremos, há muita coisa em "jogo", valores, família, sociedade, regras, leis e uma infinidade de fatores, até mesmo fatores geográficos, atléticos, sei lá o que mais, o fato é: vivemos condicionados.
Eu não tenho certas escolhas, você não, ninguém tem.
E como viver diante de algo que você quer atravessar mas não pode?
Em alguns casos pode ser medo, acomodação, 'n' motivos.
É certo que pra tudo há uma solução, a "liberdade" na verdade existe, o que ocorre é que o caminho que deverá ser percorrido para alcançá-la pode não valer a pena.
E não venha me falar que a liberdade vale qualquer preço.
Talvez aquela no sentido amplo valha, mas pequenas liberdades podem não valer.
Por fim, penso que devemos abrir mão de algumas para que tenhamos outras.
E não poderia haver melhor conclusão que essa, pelo menos até o momento.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

"Pois se a vida pede a morte...

..talvez seja muita sorte eu ainda estar aqui."


marcelo Nova




Rei Anão se pronuncia:

É loucura procurar sentido na vida,
Está aqui para ser vivida, bem vivida.
Busque a alegria, porém tome cuidado, por vezes a buscamos nos lugares errados.
Um pensamento que me vem é: O que nos resta disso?
Talvez nada, talvez tudo, mas é pura loucura pensar nisso.
De qualquer jeito a vida leva a morte.
Tudo acabará no grande barranco, eu só espero estar rindo.
Procuro uma vida feliz, mas tudo parece tão vazio hoje, tão vazio que não vejo sentido na vida, e loucos ainda são os outros, que sabem, ao menos hoje, o complexo sentido da vida.
É uma pena que este seja pessoal e intransferível.

"Pois se a vida pede a morte.....
talvez seja muita sorte eu ainda estar aqui."





Tocando em Frente - Almir Sater

Composição: Almir Sater e Renato Teixeira

"Ando devagar porque já tive pressa
E levo esse sorriso porque já chorei demais
Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe
Só levo a certeza de que muito pouco eu sei
Ou nada sei

Conhecer as manhas e as manhãs,
O sabor das massas e das maçãs,
É preciso amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder sorrir,
É preciso a chuva para florir

Penso que cumprir a vida seja simplesmente
Compreender a marcha e ir tocando em frente
Como um velho boiadeiro levando a boiada
Eu vou tocando dias pela longa estrada eu vou
Estrada eu sou

Conhecer as manhas e as manhãs,
O sabor das massas e das maçãs,
É preciso amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder sorrir,
É preciso a chuva para florir

Todo mundo ama um dia todo mundo chora,
Um dia a gente chega, no outro vai embora
Cada um de nós compõe a sua história
Cada ser em si carrega o dom de ser capaz
E ser feliz

Conhecer as manhas e as manhãs
O sabor das massas e das maçãs
É preciso amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder sorrir,
É preciso a chuva para florir

Ando devagar porque já tive pressa"

Thandara, só faz um adendo:
Não sei o que dizer, mas posso pelo menos agradecer.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Mais afins sobre a promiscuidade e a vida digna

Vida digna ou promiscuidade? Então, como uma fêmea humana jovem, não sei o que combinaria para mim, pois parece-me que é isso que temos como escolha.
Mulher digna..o que seria isso? Uma mulher que não vive na "sacanagem", bem descrita por nosso comparsa Rei Anão? Será que isso valeria a pena, sonhar com um príncipe encantado, se guardar para o carinho de alguém que pode não ser tão carinhoso assim? Poxa, o relacionamento sério é tão mal visto aqui na nossa sociedade, parece que tem que perder o carinho e o encanto do início. Ao mesmo tempo é muito desinteressante pois dita algo que reprime e aprisiona, delegando o prazer a algo inicial, mas salva da vida "sem carinho", "sem amor verdadeiro " e cheia de "rejeições" que uma pessoa vista como libertina teria.
Daí chegamos ao ponto da promiscuidade. Promíscua é a pessoa que procura somente a felicidade carnal? Bem, pode ser. Mas cada um tem dentro de si o lado Homo do sapiens sapiens que prega a pereptuação e o prazer é momentâneo, e vicia. Junte o útil com o agradável e daí sai o que chamamos de sacanagem. E promíscuas seriam as pessoas que precisam e querem mais do que a sociedade dita como normal, se bem que hoje não sei o que é normal. E também não sei se não haveria alguma falta de carinho (mesmo que momentâneo e bem variado) ou rejeições tantas quanto se diz.
Ponto pessoal agora: viver a relação do ponto de vista da sacanagem é bom, é válido, mas não me vale como hobby. A sensação de estar como que usando uma droga, que é boa na hora mas depois dá bad trip é muito grande...mas não ganha da sensação de sentir-se levemente usada. Não é questão de puritanismo, mas talvez de pessoas erradas. Há pessoas que mesmo sendo algo passageiro não dão a sensação de vazio, mas de um modo geral foi mais isso que felicidade...
E com questão ao carinho de algo mais sério, de ser uma moça direita, é bom também, mostra o quanto as pessoas podem ser mais do que meros peões que nos cercam, e o quanto cada um coloca de si quando está se doando ao outro, mas apavora-me pensar em cair na idéia de mesmice incutida na cabeça das pessoas.
Não pretendo meu futuro caído na sarjeta com a maquiagem borrada nem uma obesa mãe de 3 e babá de bebum. Posso ser diferente, mais uma vez?? Por enquanto ando assustando muitos com isso, visto que não há corajosos.
Um link para uma música que me inspirou um pouco para escrever hehehheh Isabella Taviani - Luxúria

Thandara, só. Só e bem acompanhada de quem quiser, quando quiser e como quiser.